As Nossas Viagens


O Carteiro faz Canyoning no Rio Frades, 2ª Edição

Então Amélia, como estás? Essa reforma? Já deste a volta ao Mundo, ou estás de molho a descansar os pistons?!

Como estão esses amortecedores? Espero que bem!

Olha, nós por cá continuamos a viver novas aventuras.

Claro que não estive este tempo todo de férias! Estás a gozar?! Estive a fazer reconhecimentos e a preparar coisas novas, vá mas depois conto-te.

Uma coisa de cada vez, ok?!

Também prometi a mim mesmo que vou tentar contar-te as nossas aventuras com mais regularidade, sim eu sei, que já te disse isto várias vezes, mas pronto, vou tentar que seja agora.

Puxa estás mesmo com mau ralenti, deixa-me lá então contar-te como foi esta segunda edição do “ Carteiro faz canyoning no Rio Frades” para ver se fazemos as pazes, ok?

Fomos até Arouca, à terra das Alheiras doces e do pão-de-Ló, lembras-te?

Sim, essa mesmo a dos passadiços do Paiva e do Rafting!!

Tens razão ainda não te contei como correu o rafting, e sim vamos em breve aos passadiços e à Mizarela, mas porquê essa conversa agora?

 

Sim… eu sei que estou atrasado em contar as histórias já vividas mas calma um dia de cada vez, ok?

Podes ligar o ar condicionado e arrefecer os ânimos? Voltando ao que interessa, este fim de semana seguimos viagem até Arouca, e tudo começou em Tebilhão, fomos fazer o trilho do Carteiro.

Não me perguntes porquê, mas apesar de curto em distância, aquele trilho para mim tem sempre algo especial, não te consigo explicar, mas que tem algo tem. Não sei se será pelas histórias da minas de volfrâmio… Sabias que durante a segunda guerra Mundial e por causa da exploração da minas , esta era uma zona que apesar de estarem em guerra Alemães e aliados, aqui viviam juntos e respeitavam os territórios definidos para a exploração das minas?!

Esquisito não é? No resto da Europa andavam à guerra, aqui porque precisavam das minas não se atacavam… Quem nos contou foram as gentes da terra!

Também acho impressionante ser este o caminho que o carteiro tinha que percorrer para levar a correspondência a estes três lugares, Tebilhão, Cabreiros e Rio Frades.

Olha que não devia ser fácil nos dias que tinha encomendas, só para teres uma ideia neste trilho só levar só cartas já é peso a mais! 🙂 🙂 🙂

Também contam por lá que quando alguém morria vinha transportado por este trilho até ao cemitério, e daí alguns chamarem o “caminho da morte”.

Uma das coisas que mais adoro quando faço este percurso é ouvir o barulho da água e das ribeiras que se cruzam no nosso caminho e, Amélia, acredita que soube tão bem parar a meio do percurso para nos refrescar!

Sim apanhamos algum calor e aquelas águas frescas souberam muito bem e, apesar do calor , nada derreteu o espírito do grupo que connosco se aventurou este fim de semana.

Dez estrelas, sempre bem-dispostos, animados e com uma energia fora de série.

Adoro fazer este trilho e começar a imaginar a aventura que vai ser o dia seguinte, o canyoning no Rio Frades. Vou contar-te um segredo… adoro sentir que à medida que vais explicando o que vai acontecer no dia seguinte o grupo vai se unido pois temos todos as mesmas ansiedades, e começamos todos a sentir a adrenalina a “correr “ até porque em certas zonas do trilho já se consegue ver pessoas a fazer canyoning.

Nem imaginas a cara de alguns participantes quando começaram a ouvir os gritos e o barulho daqueles que saltavam para a água!!

Bom demais!!

Ah, e queres que te conte outro segredo?! Tivemos novos amigos da Amélia que pensaram que iam fazer algo com canoas… só uma semana antes de irem é que se aperceberam que canyoning nada tem a ver com canoas!! Mas se queres que te diga, acho que gostaram mais do que se fosse com canoas.

Após uns bons mergulhos na piscina do Hotel e um jantar daqueles dez estrelas, veio o descanso pois a aventura do dia seguinte ia necessitar de todas as “baterias carregadas.”

Oh Amélia, ninguém está a gozar com a tua bateria descarregada, é uma expressão que nós usamos! “Termos as baterias carregadas” significa que estamos cheios de energia, relaxa e deixa-me continuar, por favor.

Chegou o grande dia, aquele dia em que o rio é o trilho. Não sei se já te disse mas adoro dizer, isto, “o rio é o trilho”, percebes?! É sinal que vamos caminhar num trilho que é um rio !!!

Ok , ok, ok, eu não tento mais dar enfase às minhas trocas de palavras, desliga os máximos se faz favor.

Começamos a vestir o fato, a colocar capacetes, o arnês e aqui sim começa a adrenalina do grupo a aumentar… Tão bom, e como diz alguém, vamos lá ao que viemos, alías foi para isto que o pessoal pagou! Está no ir!!

Seguimos o trilho, rio acima durante alguns metros e lá está ela: a água cristalina que nos vai refrescar ao longo de algumas horas.

Aquela que nos vai amparar dos saltos, que nos vai entrar pelo fato quando mergulhamos e quando descemos uma cascata, aquela que corre sempre em direcção ao mar. E por isso, vamos segui-la.

 

Pouco depois já estamos dentro de água e chegamos ao primeiro salto, ou à primeira descida de rapel. É aqui que tudo verdadeiramente começa, vamos lá fazer canyoning!!!!

Amélia, esta é daquelas aventuras que tem uma envolvência única com a Natureza no seu estado mais “bruto”,  a sensação de andar dentro de água , saltar para piscinas naturais únicas que estão rodeadas por escarpas com diferentes tons de verde, é única.

O contraste das cores do musgo, da água cristalina, do verde das árvores, do cinzento e preto das rochas, e muitas vezes as cores do arco-íris…

Os raios de sol a entrar nas escarpas e a bater nas cascatas parece que vês durante todo o canyoning diversos arco-íris ,  sensações que ficam para toda a vida.

Amélia, sabes o que é saltar dos 12 metros ou fazer rapel dos 14 metros ?

Nadar e explorar entre lagoas cristalinas e quedas de água? Percorrer  piscinas naturais e fazer rapel junto a cascastas é uma aventura épica e única!!! E todo o Grupo foi espetacular, para primeira vez, uma interajuda brutal, sempre bem dispostos e animados e com este espírito de grupo toda a gente conseguiu. Sabes o que te digo Amélia? Foi o melhor grupo que tive no dia 02 de setembro de 2018, foram únicos 🙂 🙂 :)!

É verdade Amélia, foi mais um fim de semana de emoções fortes em que conseguimos mais uma vez Fortalecer Emoções entre todos e como tu sabes, só assim faz sentido!

Vá agora é tempo de mudar óleo, mudar os filtros e ir descansar!

Sim eu prometo que vou tentar vir aqui contar as nossas aventuras com mais regularidades, até lá, fica bem Amélia.

Choca aí !

Foste lenta !!!!!!

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3 thoughts on “Quando o Rio é o Trilho

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